quinta-feira, 14 de junho de 2018

Falso namoro no Facebook acaba em chantagem sexual

Photo by Tim Bennett on Unsplash


Artigo de Alexandre Panda para o Jornal de Notícias, em 9 de Junho de 2018.
Carente e sozinha, envolveu-se virtualmente com um desconhecido, através da rede social Facebook e aceitou enviar-lhe fotos íntimas. Acabou por ser chantageada, mas a Polícia Judiciária da Madeira conseguiu prender, em flagrante delito, o indivíduo, de 23 anos, que exigia várias centenas de euros à mulher para não divulgar publicamente as fotos.
O caso iniciou-se há cerca de um mês, quando a mulher aceitou o pedido de amizade do homem, que tinha criado um perfil falso, com nome e fotografias alheios. Nascia assim uma amizade virtual, com muita conversa e partilha de opiniões sobre a vida. Tudo parecia ser real.
Para a vítima, de 30 anos, o homem parecia ser gentil, compreensivo, atento e presente. Esqueceu-se que, através de um nome e de uma fotografia de uma rede social, pode esconder-se todo o tipo de pessoas.
O relacionamento tornou-se tão "intenso", que a mulher acreditou na suposta sinceridade do indivíduo. As conversas de Facebook podiam passar a ser um verdadeiro namoro, genuíno.
Só que o objetivo do homem era outro. Conseguiu convencê-la a despir-se e mandar-lhe fotos nua, nas quais era facilmente identificável.
Quando já tinha fotos suficientes revelou à vítima a sua real face. Exigiu-lhe várias centenas de euros para não as divulgar.
Perante a ameaça da vergonha e de ver lesada a sua reputação, a mulher disse ao indivíduo que iria pagar. Mas, ao mesmo tempo, foi à Polícia Judiciária do Funchal contar tudo.
Os inspetores prepararam então uma operação para deter o indivíduo em flagrante delito, quando este iria receber o dinheiro. Marcaram um encontro na zona de Câmara de Lobos, onde a vítima se deslocou à hora prevista. Apareceu o "namorado virtual" que, mal se dirigiu à vítima, foi abordado pelos inspetores.
Foi quinta-feira levado para o tribunal que o obrigou a seguir um tratamento psiquiátrico e a apresentar-se periodicamente às autoridades.

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