quarta-feira, 30 de maio de 2018

Páginas de Facebook falsas responsáveis por mais de metade do 'phishing' nas redes sociais


Getty Images


Dados relativos ao primeiro trimestre deste ano dão conta de que páginas falsas criadas no Facebook respondem por quase 60% dos roubos de dados pessoais nas redes sociais. Já em 2017, esta rede social tinha ficado no topo da lista negra.

O Facebook é, neste momento - e a manter a tendência do ano passado -, a rede social onde as pessoas são mais alvo de phishing, crime que acontece quando se roubam dados pessoais de alguém, a partir de uma conta online e, neste caso, de uma rede social. Estes dados foram publicados no mais recente relatório da Kaspersky Lab - "Spam e phishing no 1ºT de 2018" - que revela ainda a contínua tentativa dos hackers de obter os dados pessoais dos utilizadores.
De acordo com o relatório, durante os primeiros três meses do ano, o Facebook liderou a origem dos ataques por phishing nas redes sociais - representaram 58,69% dos ataques -, com várias páginas a serem replicadas e falsificadas por hackers para roubos de dados pessoais.
Logo a seguir está a VK, rede social russa semelhante ao Facebook, com 20,86% e, depois, o Linkedin, com 12,91% dos ataques phishing em redes sociais. Importa dizer que a média mensal de utilizadores ativos em todo mundo, no Facebook, é de 2,13 mil milhões, que inclui os que acedem a outras aplicações com as mesmas credenciais do Facebook: este facto contribui para o aumento destes ataques, já que torna os utilizadores muito mais vulneráveis e um alvo fácil e rentável para os hackers.
Já em 2017 o Facebook tinha ficado no topo das redes sociais com maior casos de ataques phishing, com 8% dos ataques totais. Logo a seguir, ficou a Microsoft Corporation, com 6% dos crimes, e o PayPal, com 5% dos ataques totais.
O relatório revelou ainda os países do mundo com maior número de utilizadores vítimas destes ataques: o Brasil lidera, com uma percentagem de 19%; logo depois fica a Argentina, com 13% destes crimes, bem como a Venezuela e a Albânia, com a mesma percentagem. A Bolívia está logo depois, com 12 por cento.
Nadezhda Demidova, Investigadora Principal de Conteúdo Web na Kaspersky Lab, disse, em comunicado, que, apesar dos mais recentes escândalos mundiais relacionados com a proteção dos dados nas redes sociais, "as pessoas continuam a clicar em links inseguros e a permitir que aplicações desconhecidas acedam aos seus dados pessoais".
A nova tendência deste tipo de fraudes é o envio de emails spam relacionados com a Regulação Geral de Proteção de Dados, que incluem, por exemplo, convites para a instalação de um software específico que ajuda a garantir o cumprimento das novas leis, que entraram em vigor no dia 25 de maio.
O relatório revela que, nos primeiros três meses do ano, o país mais atacado por emails de spam maliciosos foi a Alemanha, seguida da Rússia, Reino Unido e Itália.

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