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Dados relativos ao primeiro trimestre deste ano dão conta de que páginas falsas criadas no Facebook respondem por quase 60% dos roubos de dados pessoais nas redes sociais. Já em 2017, esta rede social tinha ficado no topo da lista negra.
O Facebook é, neste momento - e a manter a tendência do ano passado -, a rede social onde as pessoas são mais alvo de phishing, crime que acontece quando se roubam dados pessoais de alguém, a partir de uma conta online e, neste caso, de uma rede social. Estes dados foram publicados no mais recente relatório da Kaspersky Lab - "Spam e phishing no 1ºT de 2018" - que revela ainda a contínua tentativa dos hackers de obter os dados pessoais dos utilizadores.
De acordo com o relatório, durante os primeiros três meses do ano, o Facebook liderou a origem dos ataques por phishing nas redes sociais - representaram 58,69% dos ataques -, com várias páginas a serem replicadas e falsificadas por hackers para roubos de dados pessoais.
Logo a seguir está a VK, rede social russa semelhante ao Facebook, com 20,86% e, depois, o Linkedin, com 12,91% dos ataques phishing em redes sociais. Importa dizer que a média mensal de utilizadores ativos em todo mundo, no Facebook, é de 2,13 mil milhões, que inclui os que acedem a outras aplicações com as mesmas credenciais do Facebook: este facto contribui para o aumento destes ataques, já que torna os utilizadores muito mais vulneráveis e um alvo fácil e rentável para os hackers.
Já em 2017 o Facebook tinha ficado no topo das redes sociais com maior casos de ataques phishing, com 8% dos ataques totais. Logo a seguir, ficou a Microsoft Corporation, com 6% dos crimes, e o PayPal, com 5% dos ataques totais.
O relatório revelou ainda os países do mundo com maior número de utilizadores vítimas destes ataques: o Brasil lidera, com uma percentagem de 19%; logo depois fica a Argentina, com 13% destes crimes, bem como a Venezuela e a Albânia, com a mesma percentagem. A Bolívia está logo depois, com 12 por cento.
Nadezhda Demidova, Investigadora Principal de Conteúdo Web na Kaspersky Lab, disse, em comunicado, que, apesar dos mais recentes escândalos mundiais relacionados com a proteção dos dados nas redes sociais, "as pessoas continuam a clicar em links inseguros e a permitir que aplicações desconhecidas acedam aos seus dados pessoais".
A nova tendência deste tipo de fraudes é o envio de emails spam relacionados com a Regulação Geral de Proteção de Dados, que incluem, por exemplo, convites para a instalação de um software específico que ajuda a garantir o cumprimento das novas leis, que entraram em vigor no dia 25 de maio.
O relatório revela que, nos primeiros três meses do ano, o país mais atacado por emails de spam maliciosos foi a Alemanha, seguida da Rússia, Reino Unido e Itália.
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