terça-feira, 31 de julho de 2018

Momo é o novo desafio que pode colocar em risco crianças e adolescentes



Artigo de Jorge Freire para o blog Nerd Pai, publicado em 24 de julho de 2018.


Ontem, o Padawan e seu amigo, começaram a ver um youtuber que eu nunca tinha visto em toda minha vida. Nessa hora meu sentido de aranha apitou, parei o que estava fazendo e prestei atenção no que o moleque estava falando no vídeo.

Ele estava mostrando um novo desafio online chamado Momo. Esse desafio consiste em adicionar, no WhatsApp, um contato com o suposto número do Momo e aí iniciar uma conversa. Fotos e videos perturbadores são enviados pelo Momo.

O tal do Momo usa a imagem de uma estátua que fica em Vanilla Gallery em Tóquio, Japão e é bem parecida com a Samara Morgan, do filme "O Chamado":





Segundo o CyberHandbook , somente no Brasil 62 milhões de pessoas foram vítimas de cibercrimes em 2017, o que representa 61% da população adulta com acesso à internet. Entre crianças e adolescentes, esse número aumenta: Cerca de 80% dos pais não têm ideia dos conteúdos acessados pelos filhos diariamente na internet, o que os coloca em uma posição vulnerável.

Aqui entra o que eu SEMPRE falo em todos as minhas redes: Os pais tem o DEVER de monitorar o que seus Padawans estão fazendo nas redes sociais. Não podemos usar a TV, smartphone, computadores e tablets como babás. O monitoramento tem de ser contínuo, pois só assim podemos previnir problemas.

Converse com o seu Padawan. Pergunte se ele conhece esse desafio do Momo. Crie um canal de comunicação com ele pois, só assim, podemos evitar que o mal entre em nossas casas.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

'Fique amigo dos pais': polícia revela mensagens trocadas por abusadores de crianças

iStock

Artigo de Juliana Carpanez para o UOL, em São Paulo, em 27 de julho de 2018.

"Fique amigo dos pais." A dica foi transmitida por alguém experiente, via email, a um homem que planejava abusar de crianças. As oportunidades surgiriam ao "interessado" quando ganhasse a simpatia e a confiança dos adultos. Era assim que ele cometia abusos, oferecendo em troca presentes, sorvetes e passeios no shopping para as vítimas, que ficavam sob seus cuidados com o consentimento dos pais. Culpados por aceitarem os agrados e por conhecerem o agressor, os menores dificilmente o denunciariam -estas vítimas, posteriormente identificadas, eram cinco garotos com idades entre sete e 13 anos.

A conversa está entre as inúmeras mensagens de email investigadas durante a operação Moikano, deflagrada em meados de 2015. Foram 13 prisões em flagrante. Entre elas, a do homem responsável por fornecer a dica acima e a de outro que abusava dos próprios filhos. Depois, como resultado da mesma investigação, foi detido um palhaço animador de festas infantis. Não dá para chamá-los de pedófilos, pois este é um termo médico que exige avaliação de especialistas. Porém é possível dizer que são todos criminosos, porque as ações sexuais cometidas contra crianças estão previstas em lei".

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terça-feira, 10 de julho de 2018

Lançamento do livro "Alerta Premika! Risco online detetado" em Ponta Delgada

Notícia publicada no jornal Açores Magazine em 8 de julho de 2018.



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Redes sociais. “A nossa saúde mental nunca esteve tão perturbada como agora”

WoeBot



Artigo de Ana Pimentel para o Observador, em 3 de julho de 2018.


Investigadora em psicologia em Stanford, Alison Darcy fundou a app que quer ajudar quem sofre de depressão ou ansiedade. Como? Pondo as pessoas a trocar mensagens com um robô que vale 34 milhões.

Alison Darcy fazia investigação em psicologia clínica, na Universidade de Stanford, nos EUA, quando teve a ideia de lançar o Woebot, um chatbot (sistema de inteligência artificial capaz de conversar com o utilizador) que se socorre da psicologia cognitiva comportamental para ajudar quem estiver a sofrer com uma depressão, perturbações de ansiedade ou a sentir-se sozinho. O Woebot é um pequeno robô amarelo que troca mensagens bem humoradas com o utilizador, durante cerca de dez minutos. Ao Observador, a investigadora garante que o objetivo não é substituir o contacto humano, antes pelo contrário, é incentivá-lo: a “cura para a solidão” está nas pessoas. Num mundo em que ainda há “um estigma enorme” sobre a saúde mental, nunca foi tão importante falar dela, explicou Alison. Porquê? Por causa das redes sociais. “A nossa vida é extraordinariamente barulhenta, há muitas coisas a pedirem a nossa atenção a toda a hora.”
Consciente de que “as pessoas nunca estiveram tão sozinhas como agora“, lançou o Woebot primeiro dentro do Facebook Messenger, em maio de 2017, mas disponibilizou-o entretanto na Apple Store e no Google Play, de forma gratuita (mas só por enquanto). Com um investimento de oito milhões de dólares, o Woebot está avaliado em 34 milhões (29 milhões de euros), tem utilizadores em 130 países e captou a atenção de meios como Forbes, Wired, Washington Post, Bloomberg, Inc. ou Business Insider. O modelo de negócio vai passar por cobrar uma subscrição mensal depois de um período de duas semanas de utilização gratuita. Apesar de conversar com o utilizador, o Woebot não chama assistência se o utilizador estiver em perigo nem alerta nenhum outro humano. A psicóloga explica que os utilizadores estão protegidos pelo anonimato.

“Não temos profissionais de saúde mental suficientes no mundo”
Como é que teve a ideia de lançar a Woebot? Porquê uma appdestas?Fiz investigação em psicologia clínica na Universidade de Stanford durante dez anos e, antes disso, fiz um doutoramento em Dublin, onde criei um programa de terapia comportamental para pessoas que estavam muito doentes. Isso fez-me perceber que precisamos de chegar às pessoas muito mais cedo, muito antes de chegar ao ponto em que elas precisam de ser hospitalizadas devido a problemas de saúde mental.

Quando diz doentes, refere-se a que tipo de doença? À depressão?Sim. O trabalho que estava a fazer para o meu doutoramento envolvia pacientes com anorexia nervosa crónica. Eram pessoas que estavam muito, muito doentes. São provavelmente a população mais doente entre nós. E depois, nos EUA, percebemos que de momento existe uma crise muito grande no mundo. Existem muitas, muitas pessoas com necessidade de apoio a nível mental e não há pessoas suficientes para fazerem face a essas necessidades. Não temos profissionais de saúde mental suficientes no mundo. Nos EUA, se falar com pessoas mais velhas que têm um diagnóstico de problema mental, percebo que, na verdade, elas nunca estiveram frente a frente com um profissional destes. E isto acontece no mundo ocidental, onde os serviços são relativamente mais acessíveis do que em sítios como África, Índia, China onde, para milhões e milhões de pessoas, estar com um profissional de saúde mental está completamente fora de questão — simplesmente não vai acontecer.

Como explica isso?  
Acredito que mais de metade da população do mundo ainda não tem acesso a cuidados médicos básicos. E, por isso, acho que há uma grande necessidade de desenvolvermos algo que seja escalável, de uma forma muito mais vasta e acessível. Isto foi um dos pontos de partida. O outro foi o facto de, nos últimos dez anos, terem surgido apps no mercado que não são assim tão eficientes. Não é que não sejam acessíveis, mas falta-lhes dar provas de que são mesmo eficientes. Quisemos criar uma empresa que tivesse um nível mais elevado de compromisso em matéria de resultados. Acho que as pessoas começaram a ficar mais céticas, no geral. Enquanto cientista senti a responsabilidade de entrar no mundo comercial e construir algo que pudesse ser adotado pelas pessoas de forma vasta.

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